quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Mergulhador encontra espada de 900 anos no Mar Mediterrâneo


 Um mergulhador chamado Shlomi Katzin estava mergulhando em uma enseada na costa de Haifa, localizada em Israel, no Mar Mediterrâneo, quando se deparou com um objeto curioso e inusitado. Ele arrancou o objeto que parecia uma espada de 1,2 m de comprimento do fundo do mar e registrou a relíquia repleta de conchas com sua câmera GoPro. 

Em suas mãos, ele segurava uma espada que os arqueólogos acreditam ter cerca de 900 anos. Katzin relatou a descoberta à Autoridade de Antiguidades de Israel, que examinou a descoberta e acredita que tenha pertencido a um cavaleiro das época das Cruzadas.

“A espada de ferro foi preservada em perfeitas condições e é um achado lindo e raro”, comentou Nir Distelfeld, inspetor da Unidade de Prevenção de Roubo da IAA, através de um post no Facebook . De acordo com ele, “pertencia a um cavaleiro cruzado” – também chamados de ‘Ordem dos Templários’ – e assim que limpa e restaurada, será mostrada ao público.

Quando achada, a espada pesava mais de dois quilos, por conta da quantidade de conchas e algas alocadas ao longo do objeto. A estimativa é que pode ter sido desenterrada durante uma recente tempestade que deslocou a areia e assim, mostrou a relíquia que esteve escondida por séculos.

Além disso, Katzin também descobriu pedras antigas, âncoras de metal e fragmentos de cerâmica na costa. O New York Times noticiou que ele recusou um pedido de entrevista porque “não queria que a descoberta fosse sobre ele”.

O diretor da unidade de arqueologia marinha do IAA, Kobi Sharvit, disse que as relíquias mostram que a região provavelmente “serviu como um pequeno ancoradouro natural temporário para navios em busca de abrigo” e demonstra que o local foi usado durante o período histórico.

Ele explicou que o local é uma enseada natural perto da cidade portuária de Haifa e sugere que serviu de abrigo para os marinheiros. “Os achados arqueológicos no local mostram que ele serviu de pequeno ancoradouro natural para navios que buscavam abrigo. A identificação das várias descobertas mostra que o ancoradouro foi usado já no final da Idade do Bronze, há 4 mil anos”, afirmou o especialista.

Vale lembrar que as Cruzadas foram uma série de guerras religiosas apoiadas pela Igreja Católica Romana. Alguns dos embates ocorreram entre os séculos 11 e 13, quando ocorreu a invasão da “Terra Santa”, região que corresponde à Palestina e Israel nos dias atuais.

Por isso, “cada artefato antigo que é encontrado ajuda a montar o quebra-cabeça histórico da Terra de Israel”, comemorou o diretor geral da IAA, Eli Escosido.

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